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Fechamento fiscal 2025: guia prático para sua empresa

Fechamento fiscal 2025: guia prático para sua empresa

By Beorange

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13 de novembro de 2025

13 de novembro de 2025

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O final do ano é um dos períodos mais críticos para a gestão fiscal e contábil das empresas brasileiras. Entre novembro e janeiro, os negócios precisam organizar documentos, revisar lançamentos, cumprir obrigações acessórias e preparar demonstrativos que impactam diretamente a saúde financeira e a conformidade legal da operação. Um fechamento bem-feito evita multas, garante créditos tributários e oferece dados confiáveis para o planejamento estratégico de 2026.

Este guia reúne os principais pontos de atenção, prazos e boas práticas para empresas de todos os portes realizarem um fechamento fiscal e contábil seguro, completo e sem surpresas.

O que é o fechamento fiscal e contábil

O fechamento fiscal e contábil é o processo de revisão, consolidação e encerramento de todos os registros contábeis e tributários de um exercício. Ele envolve a conciliação de contas, apuração de impostos, conferência de obrigações acessórias, elaboração de demonstrativos financeiros e preparação para as declarações do ano seguinte.

Esse processo não é apenas um ritual burocrático: ele garante que a empresa tenha uma visão real de sua situação patrimonial, fiscal e financeira. Erros ou omissões nessa etapa podem gerar autuações, perda de créditos tributários, inconsistências nas declarações e problemas com investidores, bancos ou sócios.

Por que o fechamento de 2025 exige atenção redobrada

O exercício de 2025 marca um momento de transição importante para a contabilidade brasileira. A Reforma Tributária já foi aprovada e, embora a vigência plena dos novos tributos (IBS e CBS) comece apenas em 2027, o período de transição inicia em 2026. Isso significa que o fechamento de 2025 será a última "fotografia" completa do sistema tributário anterior. Entenda melhor as mudanças no nosso guia da Reforma Tributária.

Além disso, empresas que participaram de programas de parcelamento, renegociação de dívidas ou mudaram de regime tributário durante o ano precisam revisar cuidadosamente seus lançamentos. Inconsistências entre escrituração contábil, fiscal e declarações podem gerar questionamentos futuros da Receita Federal.

Principais etapas do fechamento fiscal e contábil

Conciliação contábil e bancária

Antes de qualquer coisa, é essencial conciliar todas as contas contábeis com os extratos bancários, saldos de caixa e movimentações financeiras. Essa etapa identifica lançamentos duplicados, valores não contabilizados e divergências entre o registro contábil e a realidade financeira.

Revise especialmente contas de fornecedores, clientes, impostos a recuperar e contas de resultado. Ajustes nessa fase evitam distorções no balanço patrimonial e na apuração de impostos.

Inventário físico de estoque

Empresas que trabalham com mercadorias devem realizar o inventário físico de estoque até 31 de dezembro. O estoque escriturado precisa coincidir com o estoque real. Diferenças precisam ser justificadas e ajustadas contabilmente, seja por perdas, quebras, furtos ou erros de lançamento.

O inventário também impacta diretamente o custo das mercadorias vendidas (CMV) e, consequentemente, o lucro tributável. Estoques superavaliados ou subavaliados distorcem o resultado fiscal.

Revisão de despesas e receitas

Confira se todas as despesas e receitas do ano foram registradas no período correto. Faturas de dezembro que chegaram em janeiro, serviços prestados mas não faturados e provisões de 13º salário, férias e encargos devem estar corretamente lançados.

Empresas do Lucro Real precisam atenção especial ao regime de competência: despesas e receitas devem ser reconhecidas no mês em que ocorreram, independentemente do pagamento ou recebimento.

Apuração e conferência de impostos

Revise a apuração de todos os tributos do ano: ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, ISS, contribuições previdenciárias e retenções na fonte. Verifique se todos os créditos tributários foram aproveitados corretamente e se não há débitos em aberto.

Empresas do Simples Nacional devem conferir se o faturamento acumulado não ultrapassou o limite de R$ 4,8 milhões. Caso tenha ultrapassado, é necessário planejar a mudança de regime para 2026. Acesse o Portal do Simples Nacional para acompanhar sua situação fiscal.

Conferência de obrigações acessórias

Verifique se todas as obrigações acessórias mensais foram entregues corretamente: EFD-Contribuições, EFD-ICMS/IPI, EFD-Reinf, eSocial, DCTF, PGDAS-D (Simples Nacional), entre outras. Pendências ou inconsistências devem ser regularizadas antes do fechamento. Consulte o portal do eSocial para verificar a situação das suas entregas.

Elaboração das demonstrações financeiras

As empresas devem preparar os demonstrativos obrigatórios do exercício: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) e, quando aplicável, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e Notas Explicativas.

Esses documentos serão a base para a elaboração da ECF (Escrituração Contábil Fiscal) e para análise de investidores, instituições financeiras e sócios. Evite erros comuns na elaboração desses relatórios conferindo nosso artigo sobre 5 falhas em relatórios financeiros.

Prazos e obrigações de janeiro a março de 2026

Apesar de o fechamento referir-se a 2025, várias obrigações são entregues apenas no início do ano seguinte. Organize-se para cumprir os seguintes prazos:

Obrigação
Prazo
Quem entrega

DIRF 2026 (ano-calendário 2025)

Último dia útil de fevereiro

Pessoas jurídicas e físicas que pagaram rendimentos com retenção na fonte

ECF (Escrituração Contábil Fiscal)

Último dia útil de julho

Empresas tributadas pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado

RAIS (Relação Anual de Informações Sociais)

Março

Todas as empresas com empregados

Declaração de débitos e créditos (DCTF)

15º dia útil de fevereiro

Empresas do Lucro Real e Presumido

ECD (Escrituração Contábil Digital)

Último dia útil de maio

Empresas do Lucro Real e algumas do Lucro Presumido

A DIRF, em especial, exige atenção: ela consolida todas as retenções de IR, INSS e outras contribuições sobre pagamentos a pessoas físicas e jurídicas. Erros na DIRF podem gerar malha fina tanto para a empresa quanto para os beneficiários. Para entender melhor as obrigações relacionadas ao Imposto de Renda, confira nosso guia completo sobre IRPF 2025.

Erros comuns que comprometem o fechamento

Falta de conciliação contábil

Muitas empresas chegam ao final do ano com contas desatualizadas, divergências não resolvidas e lançamentos pendentes. Isso compromete a confiabilidade de todo o balanço e pode gerar inconsistências nas declarações.

Provisões ausentes ou incorretas

Deixar de provisionar 13º salário, férias, encargos ou outras despesas do exercício distorce o resultado e pode causar problemas na apuração do IRPJ e CSLL.

Créditos tributários não aproveitados

Empresas do Lucro Real e do regime não-cumulativo do PIS/COFINS perdem milhares de reais ao não identificar créditos sobre insumos, despesas operacionais e investimentos. A revisão anual é a última chance de recuperar esses valores.

Inventário de estoque mal feito

Divergências entre estoque contábil e físico geram ajustes que impactam o lucro e podem chamar atenção do Fisco. Realize o inventário com antecedência e documente todas as justificativas de perda.

Atraso na entrega de obrigações

Cada obrigação acessória tem prazo específico e multa por atraso. Organize um cronograma com todas as entregas de janeiro a julho de 2026 e não deixe nada para a última hora.

Como a tecnologia facilita o fechamento

Sistemas integrados de gestão contábil e fiscal automatizam boa parte do processo de fechamento. Parceiros como a Beorange oferecem conciliação automática de contas, relatórios gerenciais, cálculo de impostos, emissão de guias e preparação de obrigações acessórias de forma centralizada e segura.

Com automação, sua equipe ganha tempo para focar em análises estratégicas, revisão de créditos tributários e planejamento para 2026, em vez de perder horas em lançamentos manuais e conferências.

Além disso, a integração com bancos, emissores de notas fiscais e sistemas de folha de pagamento reduz erros, acelera a conciliação e garante que nenhum dado importante seja esquecido.

Fechamento bem-feito é base para crescimento em 2026

O fechamento fiscal e contábil vai muito além do cumprimento de obrigações legais. Ele oferece uma radiografia completa da saúde financeira e tributária da empresa, identifica oportunidades de economia, revela pontos de melhoria operacional e fundamenta decisões estratégicas para o próximo ano.

Empresas que investem tempo e recursos em um fechamento bem estruturado começam 2026 com dados confiáveis, riscos fiscais reduzidos e capacidade de planejar com segurança. Por outro lado, quem negligencia essa etapa enfrenta surpresas desagradáveis, multas evitáveis e perda de oportunidades.

Conclusão

O fechamento fiscal e contábil de 2025 é um momento estratégico para revisar o ano, corrigir inconsistências, garantir conformidade e preparar a empresa para os desafios de 2026. Com organização, tecnologia e apoio especializado, esse processo deixa de ser um fardo burocrático e se torna uma ferramenta de gestão poderosa.

Se sua empresa ainda não começou a se preparar, este é o momento. Organize documentos, revise lançamentos, confira obrigações e use a tecnologia a seu favor. Um fechamento tranquilo é a base para um ano de crescimento sustentável.

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